O nome de batismo é em geral
o de um dos padrinhos ou madrinhas. Nesse particular as modas evoluem
lentamente. Os dois nomes masculinos mais difundidos são os mesmos na França e
na Inglaterra: João e Guilherme. Em seguida encontramos, na Inglaterra: Robert,
Richard, Thomas, Geoffrey, Hugues e Étienne; na França: Pierre, Philippe,
Henri, Robert e Charles. A voga de outros nomes é mais específica a uma
província: Baudouin en Flandres, Alain na Bretanha, Eudes na Borgonha; ou então
está ligada ao culto de um santo num território mais restrito: Remi na região
de Reims, Médard na de Noyon, Martial na de Limoges; na Inglaterra, Gilbert, na
diocese de Lincoln.
Para as mulheres, as
estatísticas são mais difíceis de estabelecer. Maria e Joana são os nomes mais
usuais em ambos os reinos, seguidos provavelmente de Alix, Blanche, Clémence,
Constance, Isabelle, Marguerite, Mathilde e Perrine. A forma pode variar com a
província (diz-se Elisabeth em Artois, mas Isabelle em Poitou; Mahaut em
Flandres, mas Mathilde na Normandia e Maud em Languedoc), ou com a categoria
social: assim, Perrine, Perrette e Pernelle designam geralmente plebeus, ao
passo que Pétronille, mais mais erudita, reserva-se às mulheres da
aristocracia. O mesmo se dá com Jacquine, Jacquette e Jacquote em relação a
Jacqueline.
PASTOUREAU, Michel. No tempo
dos cavaleiros da Távola Redonda: França e Inglaterra, séculos XII e XIII (A
Vida Cotidiana). São Paulo: Companhia das Letras / Círculo do Livro, 1989.
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