segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Vikings: Segunda Temporada


A segunda temporada de Vikings já tem data de estreia marcada pelo History Channel. O segundo ano, com 10 episódios inéditos, começa no dia 27 de fevereiro! Confira abaixo o vídeo promocional da nova temporada.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Divulgação Picnic Medieval Belo Horizonte

Dia 25 de maio acontecerá o Picnic Medieval de BH em Minas Gerais. Será um ótima oportunidade de encontro para os admiradores da Idade Media da região!

Mais informações em http://picnicvitorianobh.blogspot.com.br/





domingo, 24 de fevereiro de 2013

Roupa Medieval e Fantasia

Indicado por Mara Cecilio
Couple in Medieval Dress | Averil M. Burleigh
Acho relevante a reprodução do texto "Fantasia ou Traje Medieval?", visto que sempre há uma confusão entre o que é fantasia e roupa medieval de fato. Mesmo quando a intenção é criar algo fantasioso, é preciso ter algum conhecimento de base sobre o vestuário original do período para poder fazer a adaptação.

Na Idade Média poucas pessoas podiam dar-se ao luxo de se vestir com elegância, e durante a maior parte do séc. XVI os homens e as mulheres faziam suas próprias vestes, copiavam os modelos usados na corte de Espanha. No entanto, nos finais do século, o centro da moda deslocou-se para Paris, donde eram enviadas pequenas bonecas, vestidas segundo a última moda, a quem desejava segui-la e, de acordo com o grupo social onde se inseriam, assim nascia o seu vestuário.

A Nobreza   
As rainhas tinham por regra geral, armários atulhados de magníficos vestidos, muitos deles bordados em ouro e pedras preciosas. Os reis também se vestiam luxuosamente, pois a riqueza dos trajes era uma das formas utilizadas pelos monarcas para cultivarem a obediência dos seus súditos.   

O Povo   
Esta classe social vestia-se com trajes práticos, já que a função da maioria era o trabalho pesado e o comércio. No início as roupas eram feitas em casa. As famílias criavam ovelhas e cultivavam o linho.
Quando as cidades começaram a crescer, surgiram lojas especializadas, dirigidas por tecelões, alfaiates, remendões e outros artesões que faziam roupas. No século XII, esses artesãos organizaram-se em corporações chamadas guildas.   

As mulheres começaram a usar vestidos compridos, e justos no busto. Os homens vestiam calções soltos debaixo da túnica, além de vários tipos de coberturas para as pernas. Nos séculos XII e XIII, as mulheres punham redes nos cabelos, usavam véus e panos para cobrir o pescoço, como algumas ordens de religiosas usam até hoje. Os homens usavam na cabeça capuzes com pontas compridas.

O Clero   
O Clero vestia vestidos escuros e compridos de lã, com capas igualmente escuras e compridas, alguns andavam descalços, outros calçados com sapatos de couro e possuíam terços e adereços da sua religião. Os clérigos que pertenciam a uma ordem religiosa usavam hábitos próprios dessa ordem. O Clero mais rico possuía vestuário rico de acordo com a sua condição.   
Os Dominicanos, por exemplo, vestiam um hábito branco. Os Franciscanos vestiam um hábito castanho. O Clero Secular possuía, como hoje, paramentos especiais, ou seja, vestuário próprio para as diferentes cerimonias religiosas.

Os Cavaleiros

As Vestimentas de um cavaleiro Medieval eram compostas pelas peças abaixo descritas:


- Cota de Malha: Túnica metálica feita de pequenos anéis de ferro ou aço usada como uma camisa que adere o corpo por um cinturão, desce até os joelhos e é aberta na frente e atrás para facilitar a subida no cavalo.   

- O Elmo: Tem a função de proteger a cabeça do cavaleiro. Com o passar do tempo foi se modificando até, por fim proteger totalmente a face e possuir abertura apenas para os olhos e respiração.  

- O Escudo: Tem a forma de uma grande amêndoa que se curva ao longo de seu eixo vertical, e termina numa ponta que possibilita fixá-lo no chão e utilizá-lo como abrigo. As dimensões são de fato consideráveis: cerca de um metro e meio de altura e setenta centímetros de largura, cobre inteiramente o combatente, do queixo ao dedo dos pés, servindo como maca após a batalha. A parte exterior é de couro ou algum tecido nobre, pode ser pintado com figuras que representam o cavaleiro. No caso dos Cruzados, utilizava-se uma cruz pintada em vermelho sobre o branco.   

- A Espada: É arma do cavaleiro por excelência. É composta pela lâmina (alemele), o punho (heudeüre) e o botão de punho (pons).   

- A Lança: É uma arma de estocada. Tem cerca de três metros de comprimento e pesa dois quilos, o que impede que seja arremessada. Pode ser feita de macieira, abeto, ou outra madeira resistente.   
Vestimentas e Armas de um Infante: machado, chicote sem cabo, faca, maça, chuços, besta, adagas, arco, ganchos, atiradeiras, porretes, uma cobertura de ferro ou couro curtido para a cabeça.   

Vestimentas e Armas de um Escudeiro: machado, capacete de ferro, arco, besta, espada, venábulo, jaqueta reforçada, capacete de ferro



The Sims Medieval - Game
*Fantasia ou Traje Medieval?   

Este primeiro artigo lançado pela equipe da Moda Medieval, tem como objetivo elucidar a diferença existente entre o que vem a ser a fantasia e o traje medieval.   
A palavra fantasia deriva do grego panthasia e significa obra de imaginação, ideia, devaneio, extravagância, entre outros que não convém citar, visto o nosso interesse primordial: a moda medieval. O traje denota o vestuário habitual, aquilo que se veste. E é nessa linha que daremos continuidade a este artigo.   

Uma peça do vestuário, comumente associada ao período medieval é o espartilho, também conhecido como corpete, corset, ou corselet. Representada tipicamente como parte do traje da taberneira medieval, seu uso foi relatado já no século XII, durante o reinado de Henry I, contudo, como roupa íntima feminina.   

Posteriormente, há relatos de que essas peças tenham sido usadas por homens, também como peça íntima usada para conferir-lhes uma silhueta mais acinturada. Seu uso externo está associado à cortesãs do século XV e, a partir do século XVI, pelas senhoras da nobreza.   
Um fator que dificulta a replicação dos trajes medievais, além do desconhecimento da diferença entre trajes e fantasias, é a composição da mesma. As roupas medievais eram compostas por várias peças sobrepostas e de diferentes materiais, de acordo com a finalidade que possuíam. Vamos detalhar um pouco mais:   

- Roupas íntimas: as mulheres usavam faixas, de linho, não tingidos sobre os seios. Não havia roupas íntimas como conhecemos atualmente. Sobre estas vestes, usavam um camisão, ou chemise, que eram de linho ou seda, não tingidos (cru) e cuja limpeza era frequente.   

- Roupas propriamente ditas: homens e mulheres usavam túnicas, de manga comprida e justa, e que podiam ultrapassar os pés, arrastando-se no chão, especialmente para as mulheres. Os tecidos variavam entre o linho, a lã, sendo os mais comuns, passando pelas sedas, brocados, satinés e outros de variadas cores. Estas peças, em geral, não eram lavadas para evitar a degradação do tecido e a perda das cores que, às vezes levavam meses para serem fixadas.   

Um detalhe interessante, é que ao longo dos séculos que compreenderam o medievo, houve um 
encurtamento e ajustamento das vestes ao corpo, não nas vestimentas femininas, como nos dias atuais observamos, mas nas masculinas. Grande parte da pressão para a manutenção do volume e quantidade de tecidos nas vestes femininas ocorreu em função de pressões ideológicas exercidas pela igreja.   

As túnicas masculinas (tunics) se verteram para cotes, cotehardies, mostrando cada vez mais as pernas, que eram cobertas por braies (meiões que chegavam até a virilha e eram presas à cintura). Ademais, os adereços ficaram cada vez mais coloridos e volumosos, chegando o que hoje conhecemos com fantasias de ‘bobos da corte’, mas que constituíam moda utilizada por pessoas comuns á época, apesar de não muito bem vistas por pessoas mais conservadoras da época (em especial, o clero).   
Este movimento também foi observado entre as vestes femininas, mas de modo muito mais discreto e lento, de modo a marcar um pouco mais o colo e a cintura. As túnicas também evoluíram para cotehardies, bliauts e kirtles. Com um acréscimo crescente de cortes e padrões de estampagens.   

Como sobrevestes, além dos conhecidos mantos e capas, havia outros modelos que foram resgatados dos registros. Entre eles estavam o houppelande, o peliçon, o surcote, o sideless gown, etc.   
Apesar das dificuldades naturalmente existentes para a recuperação das roupas – visto que os tecidos se desintegram rapidamente – o trabalho de recuperação de trajes a partir de sítios arqueológicos e de edificações históricas, além da pesquisa exaustiva de várias pinturas e iluminaturas contribuíram para mostrar o quão rico e intrigante pode ser o universo do vestuário medieval.   

*Fonte: Fantasia ou Traje Medieval? de Carolina Alencar | www.modamedieval.com.br   
 Retirado e adaptado de http://www.fashionebook.com.br/e-book/?p=1603